A terça-feira, 22 de fevereiro, foi de júri popular em Itá. No banco dos réus esteve Eberton José Pereira. No dia 28 de fevereiro de 2013, em linha Sede Irani, interior de Paial, o denunciado teria privado a própria mãe, Romilda Alves Pereira, de sua liberdade, mediante cárcere privado.
Na ocasião, ele trancou as portas da residência e passou a ameaçar a vítima por meio de palavras, afirmando que iria matá-la. Assustada, a vítima tentou fugir do local. A fim de impedir a fuga, o denunciado se armou com um revólver e efetuou três disparos contra a mãe, sem, contudo, atingi-la. Após, o denunciado continuou privando a vítima de sua liberdade.
Desta vez, ele se armou com uma faca e passou a ameaçar a mãe por meio de palavras e gestos. O denunciado privou a vítima de sua liberdade durante três dias. Neste período, ele a impedia de dormir, alimentar-se e até de beber água, causando-lhe grave sofrimento moral e físico. A vítima somente conseguiu se libertar no dia 2 de março. O réu respondia o processo em liberdade.
Após pouco mais de seis horas de interrogatórios e debates, a promotora Aline Boschi Moreira pediu a desclassificação da denúncia de tentativa de homicídio para ameaça e cárcere privado. O advogado de defesa Célio Streck pedia a absolvição de todos os crimes. Por quatro votos a três, os jurados aceitaram a desclassificação da denúncia de tentativa de homicídio solicitada pelo Ministério Público, mantendo as demais acusações.
Com isso, a definição da sentença ficou a cargo do juiz Rodrigo Climaco José. Ele condenou o réu por ameaça e cárcere privado, fixando a pena em 2,8 anos de prisão em regime inicial aberto. O advogado Célio Streck informou que não deve recorrer da sentença. (Belos)
