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Atriz Daniele Suzuki cria projeto para abrigar crianças refugiadas da guerra na Síria

Dani Suzuki não se aguenta de emoção e o motivo é super louvável. A atriz conseguiu do governo brasileiro o aval para que crianças desacompanhadas e refugiadas da guerra na Síria possam oficialmente ser trazidas para o país. Dani encabeçou o projeto “Além das fronteiras” ao lado da ACNUR (Agência da ONU para refugiados), da IKMR (ONG Eu Conheço Meus Direitos) e de outras instituições do Brasil para dar um novo lar para 20 crianças em situação de risco extremo.

“Quando vi a situação de Aleppo, onde crianças estão sendo torturadas, estupradas e não têm um adulto por elas, pensei o que eu podia fazer e decidi procurar meus amigos artistas e instituições nessa área”, conta Dani.

A ideia é que estes 20 menores estejam no Brasil a partir de fevereiro.

“Agora começa a fase de captação de recursos. Nenhum dinheiro será do governo, vamos captar com empresários e a classe artística. Já faço trabalho voluntário há anos e meus amigos depositam na minha conta e confiam. Sabemos exatamente o destino da verba”.
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Entre os financiadores do projeto estão 120 artistas, entre eles Bruna Marquezine, Bruno Gagliasso, Paolla Oliveira, Eliane Giardini, Mariana Ximenes, Carolina Ferraz, Paulo Vilhena, entre tantos outros. Dani quer pessoalmente ir aos campos de refugiados buscar as crianças.

“Não estarei numa zona de conflito, elas estão num campo para refugiados nas fronteiras. Mas quero tirá-las de lá o mais rápido possível. É inverno e já tem crianças morrendo de frio”, justifica.

Quando chegarem ao Brasil, as crianças irão para um abrigo mantido pela ONG Aldeia, com uma mãe para cuidar deles. As crianças não serão adotadas por famílias brasileiras.

“Temos esse acordo até por que teremos dois anos para investigar algum parentesco dessas crianças e quando a guerra acabar poder reintroduzi-las em sua terra de origem”, explica Dani.
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Kauai Novaes, o filho de 5 anos de Dani Suzuki, tem um papel determinante no projeto da atriz.

“Não tem como olhar para o meu filho e não imaginar como ele estaria sem mim, se eu faltasse. Se ele fosse um destes sírios, estaria vulnerável, abandonado à própria sorte, atravessando um deserto sozinho. É assim com todos eles”, comparara.

A preocupação de Dani com as crianças desacompanhadas — ou seja aquelas que sequer possuem algum parente — começou no fim do ano passado ao ver as atrocidades cometidas em Aleppo.

“A gente precisa parar de olhar para o próprio umbigo. Vi fotos e vídeos de crianças torturadas e é muito chocante. teve gente que eu procurei que me disse que não aguentava nem ver as fotos da tragédia”, conta.
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O filho, mais uma vez, esteve presente no malabarismo que a mãe teve que fazer para escrever o projeto e reunir gente para ajudá-la a levar até Brasília.

“Ele sabe do meu trabalho, conhece o que eu faço. No Natal, ele foi comigo até Gramacho distribuir filtros, brinquedos e cestas básicas”, descreve.

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