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CDL, ACIC, ACCS, FIESC e OAB pedem o desbloqueio das rodovias por parte dos caminhoneiros em Concórdia

Concórdia – Entidades divulgaram no fim da tarde desta terça-feira, dia 29, uma nota cobrando a liberação das estradas por parte dos caminhoneiros em greve.
NOTA
A Associação Empresarial de Concórdia (ACIC), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), FIESC (Região Alto Uruguai), e 8ª Subseção da OAB/SC vêm a público para manifestar-se em relação ao movimento de paralisação dos transportadores e seus efeitos na sociedade e na economia do grande oeste catarinense.
É fato notório que os frequentes e abusivos aumentos no preço final do óleo Diesel – resultado de uma política de reajustes sincronizada com o mercado mundial adotada pela Petrobras – está inviabilizando a atividade de transporte rodoviário de cargas. Por essa razão, as entidades já haviam manifestado apoio ao movimento dos caminhoneiros.
Transcorridos nove dias da deflagração da greve, as entidades propõem uma reflexão sobre os resultados obtidos até esse estágio e a nova conjuntura que emergiu desse movimento.
A diminuição da carga tributária, a redução do preço final na bomba e a instituição de prazo mínimo de 30 dias para anúncio de reajuste, além da destinação de 30% dos fretes da Conab para os transportadores autônomos anunciadas pelo Governo Federal e pelas entidades classistas na última semana são conquistas reais que impactarão positivamente na atividade rodoviária.
Essas concessões, de acordo com o governo, situam-se no limite do que as condições fiscais e orçamentárias da União Federal permitem.
Apesar desses avanços e da formalização de um gesto de acordo, ainda não ocorreu a esperada suspensão do movimento.
As entidades – que reconhecem a legitimidade que deu origem ao movimento, assim como a importância do setor de transporte para Santa Catarina e o País – chamam atenção para os efeitos colaterais da paralisação.
Nesse momento, toda a sociedade está prejudicada e, em especial, importantes cadeias produtivas ligadas ao agronegócio no grande oeste catarinense, que sofrem pesadas perdas e estão ameaçadas de entrar em colapso. É o caso da avicultura industrial, da suinocultura industrial, da pecuária leiteira, dos hortifrutigranjeiros, dos grãos e frutas etc.
Os prejuízos na agricultura já são imensos e irreversíveis. A continuidade da paralisação pode agravar ainda mais a situação, com a perda de mercados mundiais em face do não cumprimento dos prazos de embarque e o surgimento de patologias decorrentes de mortandade de animais.
Pelo que conseguiu até agora, o movimento dos caminhoneiros já é vitorioso. As entidades fazem um apelo para que os bloqueios sejam suspensos, os caminhoneiros possam retornar aos seus lares e a vida retome a normalidade.
Lamentamos que tenha faltado visão e discernimento ao Governo Federal para avaliar, compreender e equacionar as demandas decorrentes da categoria profissional/empresarial dos transportes. Também lamenta que as propostas de reforma tributária, redução da máquina estatal e implementação de plano de modernização da gestão pública não avancem.
Nesse momento, é preciso ponderar sobre os reflexos das paralisações, sobretudo, para o produtor rural e para a economia do Oeste Catarinense. As entidades representativas se solidarizam com os pleitos dos caminhoneiros, e esperam que, neste momento crítico, prevaleçam a sensatez e espírito público.

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