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Concórdia perde o credenciamento da Cardiologia pelo SUS. Hospital não teria cumprido todas exigências

p1bhtfj7loarpac83ifsbfkcj5Concórdia – O município não terá o credenciamento para atendimento pelo Sistema Único de Saúde(SUS)para a cardiologia. A notícia foi dada pelos vereadores que estiveram em Florianópolis na última semana. “O Secretário de Estado de Saúde, Vicente Caropreso, mal nos recebeu e disse que sem chance de Concórdia ter o credenciamento em oncologia e cardiologia. Nos disse ainda que o atendimento pelo SUS nesta área vai ser feito pelo município de Caçador”, disse o vereador Valcir Zanella (PSDB), o primeiro a se manifestar.
O vereador Closmar Zagonel (PMDB), fez um desabafo. Utilizou palavras duras e fortes para dizer que o Secretário de Saúde do Estado, disse que havia “esgotado o assunto cardiologia” uma semana antes, com o prefeito de Concórdia, Rogério Pacheco e o secretário Municipal de Saúde, Sidinei Schmidt. “O Estado investiu milhões de dinheiro público para um atendimento que é feito de forma particular. É uma vergonha, um absurdo a população que pagou não poder se beneficiar do aparelho”, desabafou Zagonel, ao dizer ainda que o Estado justificou que o Hospital São Francisco não teria cumprido todas as exigências para o credenciamento.
Entre as exigências estaria o número mínimo de 12 leitos para a área de UTI, sendo que conforme os vereadores, a informação que eles receberam na audiência, foi de que haviam sido ofertados 8 leitos. Também há a necessidade de um cirurgião cardíaco para atendimento, já que o Ministério da Saúde não faz apenas o credenciamento para as cirurgias de emergência, como era buscado. “Estas foram as palavras do secretário. Todo mundo tem direito a vida. Não foi por falta de vontade do Executivo nem do Legislativo. O hospital nos deve uma explicação, porque o que foi repassado aqui, não foi o que nos foi dito lá”, cobrou Zagonel.
O vereador Jaderson Miguel (PSD), um dos que liderou o movimento pelo credenciamento, desde que o equipamento foi instalado em Concórdia, a luta pelo credenciamento do serviço, lamentou muito a decisão do Estado. “O secretário nos recebeu muito mal. Ele está sendo pago para nos receber. E, infelizmente o hospital não cumpre os requisitos. Entre os outros itens, além dos leitos, está a questão do número da população. Nossa sugestão é que o hospital faça uma contrapartida para a sociedade”, destacou ao elogiar também os médicos que fazem o atendimento nesta área no hospital.
Jaderson pediu para que a sociedade passe a apoiar a Associação Beneficente Matheus Schoropfer Costa (Abemasc), criada para auxiliar crianças e adultos de Concórdia e região que necessitam de atendimento médico em cardiologia. Nos próximos dias deverão ser realizados encontros para tratar da questão e tentar viabilizar alguma forma de contrapartida.
O vereador Edno Gonçalves (PDT) também lamentou. Disse que um “equipamento de R$ 5 milhões está sendo utilizado para pessoas faturarem”. Ele pediu para que se busque um entendimento legal para que a população possa atendida pelo SUS. Gonçalves também pediu para que a direção do Hospital São Francisco preste esclarecimentos sobre a situação na Câmara.
O vereador André Rizelo (PT) disse que o Estado pecou “em repassar todo esse dinheiro e não cobrar uma contrapartida do Hospital”. Disse que é lamentável a situação que agora se encontra, em que a população não pode ter direito ao atendimento.
Mesmo com a negativa, os vereadores destacaram que a luta vai continuar para que o atendimento pelo SUS possa ser feito para a comunidade concordiense. (Ascom: Câmara de Vereadores)

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