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Efapi começa amanhã em Chapecó; Merísio fala sobre a feira e o desenvolvimento regional

entrevista merisioChapecó – Nesta sexta-feira, 06, começa oficialmente a 20ª Exposição-Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Chapecó, a Efapi. Não só é aniversário da Efapi, que completa 50 anos, como também de Chapecó, que em agosto comemorou seus 100 anos. Sob o slogan “a melhor de todos os tempos”, são dez dias de Efapi para tratar de negócios, difusão de tecnologias, conhecimento e novos produtos. É considerada uma das maiores feiras multissetoriais do Brasil, com abrangência internacional.
O deputado estadual daqui do oeste Gelson Merisio fala um pouco desse momento de expansão vivido não só por Chapecó, mas pela região oeste toda. Merisio pretende ser o primeiro governador de Santa Catarina vindo do Oeste.
1) 50 anos de Efapi, 100 anos de Chapecó e a economia do Oeste em crescimento. Como você vê esse momento?
A região cresceu e se desenvolveu muito nas últimas décadas e dá para definir muito bem em uma palavra o que construiu isso: cooperação. Todos no oeste se esforçam para trabalhar juntos e vencer as várias dificuldades que a região sempre enfrentou pela distância do litoral. A Efapi, feita na capital do oeste, foi parte essencial desse processo. É o local onde as pessoas bem intencionadas, comprometidas com o desenvolvimento da região, encontram-se durante vários dias para gerar as oportunidades que não chegam naturalmente ao grande oeste. O que conseguiram conquistar não é pequeno. A região é hoje, proporcionalmente, a maior produtora de proteína animal do mundo. Mesmo com infinitamente menos área do que outros Estados do país, somos os maiores exportadores de carne de frango e de carne suína do Brasil, um país reconhecido internacionalmente pelo agronegócio.
2) A que aspectos você atribui esse crescimento da economia da região oeste?
O eixo de crescimento, digamos automático de Santa Catarina, acompanha a BR-101 e se concentra no litoral. Mover esse desenvolvimento natural e levá-lo para subir a BR-282 vai se tornando cada dia mais difícil, em especial com as condições atuais da nossa principal estrada. Então, só dá para atribuir o crescimento ao longo do último século às nossas mãos calejadas, de colonos. Falo como um elogio, a palavra que define a pessoa que cedo já está na lida do trabalho e segue firme de sol a sol. Somos mais resilientes por isso. E é por isso que temos tanta força quando trabalhamos em conjunto. Mas é importante reconhecer um outro lado do oestino, a habilidade de inovar, de criar os caminhos por conta própria ao invés de esperar que alguém chegue para resolver. E é essa vocação que nós temos que incentivar cada vez mais. Temos que direcionar esse potencial criativo para um novo modelo econômico, o da tecnologia e inovação, que depende pouco da infraestrutura e muito mais do nosso esforço e capacidade de criar. Softwares e aplicativos já exportamos, ainda que em menor escala.
3) Como o poder público pode ajudar a região a continuar a crescer?
Não tem um segredo diferente. A região precisa de planos futuros feitos por quem tem uma visão de como é o nosso jeito. O Oeste conquistou muito, mesmo diante de todas as dificuldades. Temos o agronegócio mais moderno em eficiência e produtividade do país, talvez até de toda a América Latina. Precisamos desse talento também em outras áreas. Mas só vamos conseguir desenvolver outras vocações com incentivo. E o poder público pode ajudar muito nesse processo. Seja o governo federal, com a urgente e mais que necessária duplicação da BR-282 – tenho certeza que, se há 10 ou 15 anos já tivéssemos elegido um governador do Oeste, a nossa estrada estaria duplicada ou, no mínimo, em obras. Seja o governo estadual, com a construção de mais centros de inovação no grande oeste. Acredito que, com a capacidade dos nossos jovens talentos, seremos referência no setor de tecnologia em pouquíssimo tempo. Basta você ver quantas empresas que aplicam inteligência e que trazem inovações estarão presentes na Efapi desse ano.

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