Seara – A prefeitura de Seara realizou Audiência Pública para apresentação dos resultados do estudo de viabilidade técnica e econômico-financeira para concessão do transporte coletivo urbano no município. Durante o evento a empresa Otimiza Engenharia e Consultoria, de Chapecó, apresentou o resultado da análise da estrutura viária para Seara e as possibilidades para a retomada do transporte.
O trabalho que foi realizado em cinco meses apontou a possibilidade de o município ter até nove linhas de transporte na cidade, conforme a engenheira civil da empresa Otimiza, Patrícia Cordela Teles, que apresentou o estudo juntamente com o engenheiro de transporte Eduardo Festa.
Pelo estudo, o aporte financeiro da prefeitura seria de R$ 110 mil por mês. A empresa vencedora da licitação colocaria cinco ônibus fazendo as nove linhas. A tarifa única ao usuário seria de R$ 4 com a necessidade de 710 passageiros por dia para que haja viabilidade na prestação do serviço. Patrícia explicou que o custo total para cada passageiro pagante transportado ficaria em R$ 10,34, mas com a contrapartida do município, a Tarifa Pública Única ficaria em R$ 4,00. Já para estudantes haveria ainda um desconto de 20%, ficando em R$ 3,20.
O estudo apontou ainda que mais de 80% das pessoas que foram entrevistadas fazem viagens no dia a dia, com origem e destino para o trabalho e para casa. Destes, 51% usariam o transporte coletivo urbano, se ele fosse ofertado. A pesquisa ouviu 68 pessoas.
Patrícia Cordela Teles salienta que, o estudo apontou que “quando o transporte funcionava, em 2019, mais de 90% dois usuários eram funcionários da JBS, mas nós também sugerimos linhas para atender a população como um todo. Penso que é algo muito relevante para o município”. Com o estudo em mãos, Seara pode obter o aval do Tribunal de Contas da União (TCU) para licitar o serviço.
O prefeito Kiko Canale destacou que “precisamos ver a viabilidade financeira. O município vai analisar todas as situações para atender o anseio da comunidade”. Lembrou que anteriormente os alunos utilizavam o transporte coletivo urbano e agora o município é que oferece o serviço. “O valor é alto. Precisamos de parceiros também para reduzir o custo. Agora vamos conversar com as empresas, que precisam colocar cinco ônibus. O investimento é grande”. (Por Folha Sete)