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Manutenção e controle de tráfego na ponte que liga os municípios de Alto Bela Vista e Marcelino Ramos volta a ser debatido

Alto Bela Vista/Marcelino Ramos – Uma ponte literalmente sem “Rumo”. A centenária ponte rodoferroviária de Marcelino Ramos, que completou recentemente 100 anos, chegou ao seu centenário envolvida numa grande polêmica.
Após as obras de reformas que garantiram o retorno da trafegabilidade de veículos, que só aconteceram em razão de uma intervenção do Ministério Público Federal de Erechim, que ingressou com uma ação contra a concessionária RUMO, agora o dilema está em torno da responsabilidade da conservação e da manutenção da mesma.
Representantes da concessionária Rumo, com sede em Curitiba, estiveram na manhã desta terça-feira (21) reunidos com lideranças de Marcelino Ramos e representantes da prefeitura de Alto Bela Vista. O Portal de Marcelino acompanhou a reunião que aconteceu na prefeitura e durou mais de duas horas onde diversos aspectos foram abordados, deixando muito claro que trata-se de um assunto extremamente complexo em razão de questões administrativas e burocráticas envolvendo as partes.
No meio da “inoperância” das partes a ponte que corre o risco de ter o assoalho novamente danificado e os primeiros sinais já estão surgindo com as tábuas rachando. Os representantes da RUMO deixaram claro e seguem afirmando que não é de responsabilidade da concessionária a parte rodoviária, e sim apenas questões relacionadas a ferrovia. Já as prefeituras de Marcelino Ramos e Alto Bela Vista não podem interceder sob pena de sofrer algum tipo de sanção, já que trata-se de um patrimônio da união.
O presidente da Associação Comercial de Marcelino Ramos, Vandir Mafissoni, que acompanha há anos o caso, alertou que se providências não forem tomadas num curto espaço de tempo a ponte vai apresentar problemas de trânsito, já que caminhões pesados, que não respeitam limites continuam passando pelo local. Ele também explicou que o sistema com tábua usado na reforma foi “arcaico” não sendo o mais adequado, pois terá uma vida útil curta, não atendendo as reais necessidades.
Segundo Vandir, no processo que tramitou pelo Ministério Público Federal, existia um estudo, que previa a implantação de um sistema de “gradil” de ferro de uma empresa de SP que seria uma solução mais duradoura e que permitiria o trânsito pesado também, e não apenas veículos leves. Mas, o MPF determinou a recuperação por tábuas. Os representantes da RUMO afirmaram na reunião que seguiram a determinação da Justiça. Na época a implantação do sistema por “gradil” custaria cerca de R$ 1 milhão.
Preocupação com Turismo
Durante a reunião foi sugerido a implantação de novas medidas extremas para reduzir ainda mais o acesso de veículos na ponte, impedindo o trânsito pesado. Uma delas seria baixar os limitadores “travessões” que estão nas duas cabeceiras. Hoje os “travessões” não estão resolvendo e é comum encontrar caminhões na ponte. Reduzindo a altura, apenas veículos de passeio teriam acesso.
O empresário Vannei Mafissoni, do ramo da hotelaria, pontou que seria um retrocesso. “Em pleno século XXI onde no país se fala em ampliar aeroportos, duplicar rodovias para melhorar os acessos, aqui em Marcelino queremos restringir o acesso aos nossos turistas através de ônibus de excursões e outros, colocando traves, dizendo olha aqui não passa” criticou ele. Para ele é preciso buscar uma solução definitiva para este problema. A mesma opinião seguiu a empresária Silvana Mafissioni que há poucos dias assumiu a presidência da Associação dos Comerciantes do Balneário que entende que a ponte é vital para o desenvolvimento do turismo.
Um dos representantes da Rumo disse que os municípios devem buscar investimentos para a infraestrutura, disparando “não adianta ter uma ponte bela e formosa se você não tem acesso a ela, como vão chegar os ônibus de turismo pelas estradas de chão?” questionou ele.
Na reunião ficou definido que será marcada uma audiência com representantes do DNIT em Brasília onde será levado o projeto de implantação de grades de metal no assoalho da ponte. A ideia é mostrar para o DNIT, que é proprietário da ponte, a importância que a mesma tem para o desenvolvimento da região e a necessidade da obra. A reunião será marcada pela RUMO e os municípios e a ACIMAR deverá encaminhar representantes, possivelmente já no início do mês de junho.
Paralelo a toda esta discussão, a Justiça Federal está decidindo de quem será a responsabilidade pela conservação e manutenção da ponte. Se é das prefeituras ou da RUMO ou se é de forma conjunta. Mas a verdade é, enquanto isso não se define, as tábuas novas implantadas precisam ser conservadas e o trânsito pesado pelo atual sistema ou barrado ou encontrado uma solução. (Informações Portal de Marcelino) 

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