Concórdia – Com capacidade de 30 litros por segundo, entra na terceira semana de pré-operação a Estação de Tratamento de Água da Linha São Paulo, que vai atender nove bairros localizados na parte mais alta de Concórdia.
A estação, modelo compacta, havia sido construída há mais de ano, mas a dificuldade de implantar a adutora que faria a interligação da ETA com o restante do sistema de abastecimento atrasou o uso da unidade. A conclusão da instalação da rede, com mais de 5 mil metros de extensão, permitiu a interligação. O investimento total da ETA Linha São Paulo chega a R$ 2.470.000,00, valores que incluem a unidade de tratamento e a tubulação implantada.
“A fase atual é de ajustes da operação”, explica o chefe da agência local, Norberto Farina. “Estamos detectando, por exemplo, uma falha no censor de nível que precisa ser ajustada”.
A empresa Tecnocontrol está dando assessoria à CASAN para resolver todas as pendências técnicas. O fato de Concórdia ser uma cidade de geografia acidentada exige permanentemente o uso de energia elétrica para o bombeamento da água, dificultando um pouco mais a operação.
No sábado passado, dia 24, a ETA teve de ser desligada por volta do meio-dia pois o reservatório R-10 (situado no bairro Estados), que é abastecido por ela, estava completamente cheio. “O episódio demonstrou que a estação está operando bem, dentro do previsto para as primeiras semanas”, diz Farina.
Nova captação
A ETA São Paulo foi projetada para atender os bairros Santa Cruz, Estados, Poente do Sol, Petrópolis, Natureza, Fragosos, Sintrial e parcialmente o bairro da Gruta, do qual fazem parte os loteamentos Vila Nostra, Jardim Ângela e Aliança. A plena operação desse sistema, porém, só se dará a partir da conclusão da ampliação da nova captação, junto ao Rio Jacutinga. Neste momento, a construtora J. Junior está construindo uma nova estrutura da Estação de Recalque de Água Bruta (ERAB).
Esta Estação de Recalque recebeu novos quadros de comando, estão em fase final de instalação bombas e motores mais potentes, ampliando a capacidade de captação da cidade. A obra, prevista para se encerrar em junho, está atrasada em função das chuvas registradas em maio e junho na região. “Estamos com equipes reforçadas na obra. O nosso objetivo é o mesmo da população, ou seja, concluir esta obra o quanto antes, mas vamos levar ainda algumas semanas”, avisa Écio Bordignon, superintendente da região Oeste da CASAN.
A ETA São Paulo e a nova ERAB fazem parte do plano de investimentos da CASAN no município, que prevê cerca de R$ 7 milhões em sistemas de água e mais de R$ 42 milhões no esgotamento sanitário, obra que também está em execução. Foto: Nova ETA São Paulo. (acervo CASAN)