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OAB-SC cobra explicações de Colombo sobre delação da JBS; Governador teria recebido R$ 10 milhões

SC – A delação da JBS, que colocou o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), novamente no âmbito da Operação Lava-Jato, motivou a Ordem dos Advogados do Brasil no Estado (OAB-SC) a cobrar explicações sobre os R$ 10 milhões que teriam sido repassados ao político em 2013.
O diretor da empresa Ricardo Saud disse em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o valor foi dividido em duas partes, sendo R$ 8 milhões via diretório nacional e R$ 2 milhões em dinheiro em Florianópolis. Esta última parte, segundo o diretor da JBS, teria sido entregue em dinheiro vivo no supermercado Angeloni para um representante do governador.
Os R$ 8 milhões foram doados pela JBS ao diretório nacional que encaminhou ao PSD de Santa Catarina. Para a campanha do governador foram repassados R$ 3,4 milhões. O restante foram encaminhados a outros candidatos do PSD.
Por isso, o presidente da OAB-SC, Paulo Brincas, quer explicações sobre os R$ 2 milhões.
— Como foi entregue R$ 2 milhões em dinheiro num supermercado? Meio estranho isso. Precisamos de uma explicação, e essa foi a razão de termos nos posicionado — detalhou Brincas.
No começo da semana a Ordem deve enviar um documento ao governo do Estado para oficializar o pedido de esclarecimentos. O presidente questiona ainda os outros políticos catarinenses que se beneficiaram de recursos da empresa para as campanhas e não descartada novas ações da entidade:
— Isso (delações) pode ser tudo mentira ou pode ser verdadeiro. Acho importante que as investigações sejam levadas adiante. Se eventualmente acontecer de verificarmos fatos dessa natureza (corrupção), a Ordem não vai se furtar, reúno o Conselho Estadual. Por enquanto, nada está descartado.
OAB-SC votou pelo pedido de impeachment de Temer
Na noite deste sábado, a OAB nacional optou por entrar com um pedido no Congresso Nacional de impeachment do presidente da República, Michel Temer. A entidade em Santa Catarina esteve representada por conselheiros federais, que antes da votação pelo ingresso ou não do processo de impedimento do peemedebista, sugeriu que a defesa de Temer fosse ouvida.
Os conselheiros optaram, no entanto, por recusar a proposta e avaliar diretamente o pedido de impeachment, que foi aprovada por 25 votos a 1. O presidente da OAB-SC diz que a entidade havia pedido a saída de Temer ainda no processo envolvendo a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.
(Diário Catarinense)

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