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Servidores do IFC de Concórdia e Instituto Federal Catarinense devem paralisar atividades

Concórdia/Região – Todos os institutos federais da região podem ter atividades prejudicadas. O movimento iniciou nesta segunda-feira (8), e tem como principal pauta a recomposição salarial imediata da categoria.

Reunidos em assembleia geral híbrida, com mais de 200 pessoas, os servidores do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) aprovaram na última quarta-feira (3) à tarde, com 203 votos a favor, quatro contra e 13 abstenções, a adesão da categoria à greve nacional do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), que começou nesta segunda-feira (8).

O reitor do IFSC, Maurício Gariba Júnior, mostrou o documento que o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) entregou ao Governo Federal, e disse que qualquer debate sobre expansão da rede precisa, necessariamente, levar em conta a necessidade de reestruturação das carreiras dos servidores, especialmente a dos técnicos.

E agora?

Com o início da paralisação por tempo indeterminado, os servidores da Reitoria e dos campi que estão em greve utilizaram o primeiro dia do movimento para comunicar a decisão da assembleia aos colegas, alunos e pais, além de iniciar a formação do comando local de greve, elegendo em seguida um/a representante para negociar.

Outra tarefa da segunda-feira é a elaboração de um calendário de atividades locais, que contemple a realização de ações internas e atos públicos conjuntos nas regiões e/ou cidades, em parceria com técnicos e professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), cujos professores devem começar uma greve na próxima segunda-feira (15). Os técnicos administrativos da UFFS já estão paralisados desde o dia 18 de março, e os da UFSC desde o dia 11. Entidades estudantis parceiras também devem ser chamadas.

Reinvindicações

Os servidores do IFSC querem a reestruturação das carreiras de técnico administrativos e professores, uma imediata recomposição salarial, a revogação do Novo Ensino Médio, com defesa do modelo de Ensino Médio Integrado dos Institutos Federais; a revogação de todas as medidas provisórias, portarias e decretos que, na visão do Sinasefe, atacam os servidores e os serviços públicos; e a recomposição orçamentária da Rede Federal de Educação.

A proposta do Governo Federal de recomposição salarial, que é de 0% em 2024, e 9% divididos em 4,5% em 2025, e 4,5% em 2026; foi amplamente rejeitada pelos servidores e professores do sistema federal de educação, composto pelas universidades e institutos federais. No Oeste catarinense, aderem à greve os campi do IFSC em Chapecó, São Carlos, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste e Xanxerê; e o campus do Instituto Federal Catarinense (IFC) em Concórdia.

O que dizem os IFs

Em nota, o IFSC recomenda aos estudantes que mantenham uma comunicação com a coordenação de cursos e fiquem atentos ao sistema Sigaa e às redes sociais oficiais dos campi e da reitoria para conferir o planejamento das atividades: “O acompanhamento das atividades em funcionamento será feito com o passar dos dias, conforme os campi nos informarem sobre os setores envolvidos”.

O calendário acadêmico dos campi segue vigente neste momento, e só será alterado em caso de necessidade, após aprovação dos colegiados: “O diálogo sempre aberto entre o IFSC e o comando de greve faz parte das premissas da nossa gestão. Reiteramos que, em 2022, o IFSC e o Sinasefe-SC assinaram um termo de acordo para compensação de trabalho decorrente de greve, garantindo assim a reposição de conteúdo aos alunos e do trabalho represado durante possíveis paralisações”, conclui o Instituto.

No IFC de Concórdia, o reitor Rudinei Exterckoter afirma que, no momento, há um cenário de união e diálogo: “Existe uma compreensão mútua de que a greve, enquanto direito constitucional, deve ser exercida com responsabilidade, assegurando a manutenção das atividades consideradas essenciais para evitar eventual perecimento de direitos da comunidade acadêmica, em especial, dos estudantes”. As aulas foram mantidas na unidade nesta segunda-feira.

DI

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