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Vereadores defendem BRF de Concórdia após operação "Carne Fraca" da PF

Concórdia – Os vereadores de Concórdia demonstraram preocupação, na sessão de ontem, segunda-feira, 20, com as consequências da operação “Carne Fraca”, revelada na última sexta-feira. Os legisladores usaram palavras duras para criticar a maneira como foram reveladas as investigações e destacaram apoio para a unidade da Brasil Foods (Sadia), em Concórdia, por meio da cadeia produtiva, que passa pelo agricultor, colaboradores, direção da empresa e a todo município.
O presidente do Legislativo, Artêmio Ortigara (PR), considerou “inoportuna” e “inconsequente” a maneira como as informações foram trazidas ao público. Ele lembrou a importância do agronegócio e da proteína animal para a região e também para Santa Catarina, que é o maior estado brasileiro exportador de carne suína e o segundo maior de carne de frango. “Vivemos um momento delicado na economia e a maneira como o assunto vem sendo tratado vem tirar o foco de outras questões, como a reforma da previdência”, declarou ao defender o trabalho e o respeito que Concórdia tem com a história da empresa Sadia que nasceu aqui e junto com outras marcas forma o grupo Brasil Foods.
O vereador do PMDB, Closmar Zagonel, considerou a ação da Polícia Federal “um terremoto na economia brasileira”. Ele sugeriu que a Câmara envie um ofício de solidariedade a todos os envolvidos no processo de produção da empresa em Concórdia. “Acompanhamos toda movimentação das autoridades no fim de semana. Sabemos da angústia e apreensão do secretário de Agricultura, Moacir Sopelsa, e do governo do Estado. São mais de 40 anos de sanidade animal que estão em jogo”, alertou, ao dizer que repudia a maneira como foi divulgada a informação e que “agora até o convencer o mercado asiático – um dos maiores compradores e também mais exigentes – vai demorar bastante”.
Já Mauro Fretta (PSB) destacou que entre os municípios de Concórdia, Chapecó, Xanxerê e de Ipumirim são transportadas 1 mil/cargas por dia de carne refrigerada. “É um impacto muito grande na nossa economia. Entendo que talvez esta divulgação possa ter vindo em um momento para desfocar de outros assuntos, como a Reforma da Previdência e a lista dos políticos envolvidos em escândalos”, disse.
Anderson Guzzatto (PR) pediu para que as pessoas se informem sobre o que é verdade e o que é mentira entre tudo o que está sendo noticiado. Acrescentou que 60% da produção da unidade da BRF de Concórdia é para exportação. Defendeu que se investigue e que se forem, de fato encontradas irregularidades, que se punam os responsáveis. “Enquanto isso nós precisamos fazer nossa parte, porque estes fatos isolados chegaram aos ouvidos do mundo”, disse.
Evandro Pegoraro (PT), pontuou que as “informações foram divulgadas de forma irresponsável”. Para ele é preciso que se investiguem os fatos, porque “não dá para colocar a indústria brasileira neste nível de desconforto”. Os colegas de bancada, André Rizelo e Margarete Poletto Dalla Costa, apoiaram a manifestação e reforçaram a importância da unidade da BRF em Concórdia.
O líder do governo na Câmara, Fabiano Caitano (PSDB), afirmou que o prefeito Rogério Luciano Pacheco (PSBD) tem mantido contato direto com o diretor geral da BRF de Concórdia, Rafael Menutte. Ressaltou que no fim de semana participou de um evento realizado em Concórdia, onde toda a carne foi doada pela BRF e mais de 700 pessoas participaram. “Ninguém está questionando a importância da investigação, mas a maneira como ela foi divulgada. O governo federal tem mais de 11 mil fiscais sanitários e 33 estão sendo investigados. São mais de 5 mil plantas de indústria e 22 sob investigação”, explicou.
Ele citou uma frase do jurista brasileiro Lênio Streck, para dizer o que o estrago provocado pela operação causou no Brasil: “A carne fica fraca mesmo quando vê os holofotes”.
Os vereadores também pediram para que a população evite o compartilhamento de piadas e montagens via redes sociais, que possam piorar ainda mais a imagem do agronegócio brasileiro.

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