Concórdia – O advogado Jean Kruse protocolou nas últimas horas junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Brasília um pedido de habeas corpus na tentativa de liberar o empresário que foi preso em operação que flagrou vários caminhões sendo adulterados e com registro de furto em Concórdia.
Nessa semana, o empresário, a sua esposa e mais um terceiro envolvidos nos crimes de receptação e adulteração participaram de uma audiência de instrução e julgamento. Apenas o empresário está recolhido no Presídio Regional de Concórdia. Os outros dois denunciados pelo Ministério Público respondem em liberdade.
A próxima audiência está prevista para fevereiro. Depois disso, haverá os tramites finais e o julgamento em primeira instância.
Sobre o habeas corpus, Jean Kruse acredita que o STJ deverá analisar a demanda em algumas semanas. A expectativa é de que o empresário de Concórdia, que já foi condenado em outro processo a mais de 100 anos de cadeia pelos mesmos crimes, possa ser colocado em liberdade.
OPERAÇÃO
A operação em Concórdia e em cidades do Rio Grande do Sul foi realizada em julho desse ano e coordenada pela Deic com apoio do setor de inteligência das polícias do Município. A operação ainda contou com apoio da PRE, PRF, PM e PC.
Foram pelo menos 11 ilegalidades constatadas durante a operação entre a apreensão de seis caminhões, um carro e peças possivelmente de veículos irregulares. A investigação conseguiu apurar que os veículos eram roubados/furtados no Rio Grande do Sul e trazidos para Concórdia onde eram desmanchados.
A operação teve várias frentes de trabalho em Concórdia onde o empresário mantinha os pontos de desmanche e depósito da empresa. No Rio Grande do Sul, em Garibaldi, o outro envolvido e apontado como membro dos esquemas não foi localizado. Conforme o Ministério Público, a esposa do empresário de Concórdia irá figurar no processo como coautora.