Concórdia – Acompanhado do supervisor Esportivo, Joseilton de Almeida, o diretor de futebol Gilberto Ganzer concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (10), para falar sobre a situação do Concórdia Atlético Clube.
Sobre a saída dos jogadores que já estão em outras equipes, Gilberto frisou que a maioria deles tinha contrato até o final do Campeonato Catarinense, e que o clube tentou renovar para o Campeonato Brasileiro da Série D, mas as propostas recebidas eram bem maiores do que o Concórdia estaria pagando.
Citou exemplos de Cesinha, que preferiu ir para o Figueirense onde receberia bem mais e Felipe Manoel que também deixou o Concórdia para jogar no Aparecidense. Outros foram liberados porque não deram a resposta esperada dentro de campo, como Juliano, Bruno Ré, e Jackson que deverá ter seu contrato rescindido.
Sobre Paulinho, o dirigente afirma que era um problema que vinha se arrastando desde o ano passado. O jogador não queria voltar ao Concórdia, embora tendo contrato até o final do Catarinense de 2023. Por problema extracampo, ele resolveu fazer um acordo e foi para o Mirassol-SP.
Ganzer confirmou que o clube tem sim salários atrasados, mas dentro do normal, e que vem sendo cumprido acordo feito com os atletas. ”Hoje o Concórdia é o clube do Catarinense que praticamente têm em dia todas as suas obrigações, ao contrário de outras equipes que devem de três a quatro meses aos atletas”, ressaltou.
O dirigente também demonstrou insatisfação com as obras da nova arquibancada do estádio municipal. Está demorada demais e prejudicou sensivelmente o Concórdia no Campeonato.
“A falta da arquibancada coberta nos matou. Onde se viu jogar com times da série B do Brasileiro e ter renda de apenas R$ 10 mil?. Ninguém quer vir assistir a um jogo debaixo de um sol escaldante, com crianças passando mal devido ao calor”.
Contudo, não há o que fazer, pois o estádio é do município e cabe a prefeitura determinar o cronograma das obras.
Os jogos do Brasileiro que forem marcados para o meio de semana, serão todos no período da tarde, mesmo com público pequeno, devido a precária iluminação do estádio Domingos Machado de Lima.
BRASILEIRO DA SÉRIE D
A meta proposta para o Campeonato Catarinense foi alcançada plenamente, embora se esperasse mais do time montado. A direção do Concórdia queria e conseguiu manter o time na 1ª divisão de 2024 e também a vaga no Brasileiro da Série D do próximo ano.
Para o Brasileiro deste ano, um novo planejamento foi colocado em prática: liberar jogadores com salários altos, e que não produziram o esperado no Catarinense, e contratar atletas que poderão ajudar o Concórdia, e por metade dos salários dos atletas liberados. “Estamos trazendo jogadores bem mais baratos, e que poderão surpreender com suas atuações. Além disso tem clubes nos oferecendo jogadores de ponta emprestados, pois ficaram sem calendário para o restante do ano”, afirma Ganzer.
O dirigente deixou bem claro que objetivo é classificar o Concórdia para a série C do Brasileiro, embora tendo jogadores desconhecidos. Outro objetivo, é dar valor aos atletas da casa. Hoje o Concórdia possui 13 atletas remanescentes do elenco principal e 7 formados na base. “Temos que valorizar o trabalho que vem sendo feito nas categorias de base, pois é o futuro do clube”.
O Concórdia estreia no Brasileiro da Série D, no dia 6 de maio, em casa, contra o Brasil de Pelotas.