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Falta de água da Casan em Concórdia estaria prejudicando até o abastecimento de CMEIs

Concórdia – Vereadores de situação e de oposição debateram novamente sobre os problemas causados pela falta de água em Concórdia. O tema pincelou polêmicas à sessão ordinária desta quarta-feira (27). O assunto foi levado à tribuna pelo vereador Anderson Guzzatto (PR), que relatou dificuldades enfrentadas em um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei).
Guzzatto relatou ter sido procurado por uma representante de um Cmei. “Para entender a gravidade que se encontram algumas localidades, alguns bairros, ela me colocou que o Cmei está sem água há alguns dias”, diz. “Ela me disse que as crianças não estão mais querendo sentar no vaso por causa das fezes e não tem água para puxar a descarga”.
Também sobre a situação da unidade educacional, o vereador disse que, conforme os relatos, “estamos tendo que dar alimentos prontos para eles, uma fruta, porque nós não temos água para fazer todo o cardápio para as crianças”. Guzzato se disse bastante revoltado com a situação e defende que o município comece a fechar as portas para a Casan, atual detentora da concessão para os serviços de saneamento básico, água e esgoto em Concórdia.

“O prefeito e o vice-prefeito também já perderam a paciência, mas estamos à mercê da Casan. Bom que fosse, como muitas pessoas pensam, que nós vereadores temos como resolver esse problema. Bom que fosse que o prefeito pudesse resolver. Cabe a ele notificar, como já foi notificado várias vezes, cobrar como já foi feito várias vezes e há um contrato vigente. Já foi acionado Ministério Público, todos os órgãos possíveis, agora como está a situação fica difícil”.

Fretta também foi procurado pelo Cmei
O vereador Mauro Fretta (PSB) também relatou ter sido procurado por representantes de um Cmei e contou que, conforme repassado, professores e direção compraram água, ao final do dia, para o consumo das crianças. “O que o poder público pode fazer em relação à falta d’água? Nesta Casa, aprovamos um projeto de R$ 5 milhões em recursos para reformas em escolas. Pergunto por que não colocam mais uma caixa, uma cisterna para captação de água da chuva”, questiona.
Fretta faz a sugestão para que o Executivo possa utilizar os recursos para construção de sistemas de captação de águas da chuva, compra de caixas para maior reservatório. “Aumentar a capacidade de armazenamento de água em todas as unidades onde existe o convívio de crianças, adolescentes, de todos. É a partir daí que vamos começar a mudar um pouco a nossa cidade. Não podemos esperar que a Casan venha aqui e resolva os problemas. O início de tudo começa com a administração pública municipal”, diz.
Água para posto de lavação
Diante das situações expostas, de dificuldades em unidades de educação, o vereador André Rizello (PT) utilizou a tribuna para dizer que recebeu fotos, vídeos e outros relatos sobre a utilização de um caminhão-pipa da Prefeitura no abastecimento de reservatórios de um posto de lavação aqui do município.

“Tendo locais com falta de água, dando prioridade para fazer o abastecimento de um posto de lavagem aqui do município com o caminhão da prefeitura. Não sou contrário atender a população. Mas tendo tantas demandas, inclusive no Cmei, e o município priorizando abastecer caixas de posto de lavagem, com tantas casas sem água, é um absurdo”, afirma. 

Rizelo cita ainda que “a responsabilidade da água é do município, a concessão da Casan é com o município e é o município que precisa resolver esse problema”.
Margarete também apoia a luta
A vereadora Margarete Poletto Dalla Costa (PT) utilizou a tribuna para apoiar o discurso dos colegas sobre as cobranças ligadas à falta de água em Concórdia. “Realmente é uma preocupação muito grande, todos os dias estamos ouvindo reclamações de várias famílias. Acredito que chegamos em um ponto que provavelmente o poder público vai ter que tomar uma providência urgente e imediata”, frisa.
Líder do governo diz que multa de rescisão é absurda
O líder do governo na Câmara, Fabiano Caitano (PSDB), trouxe várias explicações ligadas à concessão dos serviços à Casan, inclusive dizendo que a multa, em uma possível rescisão de contrato, é absurda. “Além disso, romper hoje, e amanhã? Quem vai lá abrir a torneira? Infelizmente, a gente faz o que pode, o que permite. A multa rescisória prevista no contrato é absurda. É algo que está sendo planejado, ações estão sendo tomadas. Teremos um ciclo de conversa com algumas entidades para que se possa buscar de maneira conjunta uma solução”.
(ASCOM/Câmara de Vereadores)

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