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Júri de chacina em Saudades será retomado nessa quinta-feira, dia 10, em Pinhalzinho

Pinhalzinho – Relembrar os momentos de terror que viveram e presenciaram, dois anos e três meses após o massacre na creche de Saudades, no oeste catarinense, ainda mexe muito com a emoção.

Os relatos das três vítimas ouvidas neste primeiro dia de julgamento do acusado de cinco mortes e outras 14 tentativas de homicídio misturaram tristeza e revolta. Foram nove pessoas que detalharam o ataque, o socorro imediato na escola e também as avaliações psiquiátricas feitas no réu.

Os trabalhos desta quarta-feira (9/8) encerraram com o interrogatório do acusado.

Desde cedo, mesmo embaixo de chuva, se formou uma grande fila na frente do fórum. Eram interessados em acompanhar a sessão. Familiares e amigos das vítimas se manifestaram empunhando faixas e cartazes. Alguns grupos também utilizaram camisetas confeccionadas para a ocasião.

Depois da formação do conselho de sentença – composto de seis mulheres e um homem, por sorteio –, foram ouvidas três vítimas do ocorrido. Na sequência teve início a oitiva de testemunhas de acusação, duas presencialmente e uma online. A defesa ouviu duas testemunhas de maneira remota e outra presencial. Foram dispensadas três vítimas, cinco testemunhas de acusação e uma de defesa.

Outro ponto forte e muito aguardado foi o interrogatório do réu. Porém, o acusado exerceu o direito de permanecer em silêncio. Assim, a sessão foi encerrada às 21h e será retomada às 9h desta quinta-feira, dia 10/8, com debates iniciando pela explanação da acusação e em seguida da defesa. Cada parte tem uma hora e meia para apresentar suas argumentações.

As ruas que circundam o fórum estão fechadas, sob forte esquema de segurança, e assim permanecerão até o final do julgamento. Participaram da operação 12 policiais penais do Núcleo de Operações Táticas (NOT) e 17 policiais militares de Pinhalzinho e Chapecó, além de dois bombeiros que prestam atenção integral à sessão. O município de Saudades também disponibilizou psicóloga e enfermeira para atendimento de vítimas e familiares durante todo o júri.

Atuam na acusação os promotores de justiça Bruno Poerschke Vieira, Douglas Dellazari, Fabrício Nunes e Julio André Locatelli, com assistência do advogado Luiz Geraldo Gomes dos Santos. Na defesa está o advogado Demetryus Eugenio Grapiglia.

O agressor foi denunciado por 19 crimes de homicídio entre consumados e tentados. Na manhã do dia 4 de maio de 2021, ele entrou em uma creche no município de Saudades e, com uma adaga – espécie de espada -, golpeou fatalmente duas professoras e três bebês. Outra criança, também com menos de dois anos, foi socorrida a tempo de se recuperar.

O processo tramita em segredo de justiça na comarca de Pinhalzinho.

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