Após debate, vereadores aprovam devolução de R$ 782 mil da UPA ao Ministério da Saúde em Brasília

Concórdia – A Prefeitura de Concórdia vai devolver do Governo Federal o valor de R$ 782 mil referente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que não foi aberta, apesar dos investimentos e a proposta para ampliar a prestação do serviço de saúde no Município. A UPA foi construída ainda na gestão passada e quando assumiu a Prefeitura como prefeito, Rogério Pacheco, fez levantamentos, inclusive contratou uma empresa que disse não ser viável financeiramente ao Município colocá-la em funcionamento.
Com a medida, a UPA não foi inaugurada e a proposta da Administração Municipal é viabilizar uma unidade de saúde no local, próximo ao Parque de Exposições. 
Na sessão da Câmara de Vereadores desta segunda-feira, dia 22, o assunto foi debatido entre os parlamentares que aprovaram por sete votos a cinco a devolução do montante ao Ministério da Saúde, já que o recurso era “carimbado” e não poderia ser destinado para outra área. O dinheiro seria utilizado para compra de equipamentos visando atendimento da população na UPA.
O vereador Edno Gonçalves disse que os recursos garantidos através de emenda do deputado federal Pedro Uczai seria para compra de um Raio-X e outros equipamentos. Já o vereador Evandro Pegoraro ressaltou que a UPA iria servir de apoio/complemente para atendimento de saúde no Município. O vereador do Partido dos Trabalhadores voltou a comentar que os atuais – prefeito e o vice – sempre defenderam a abertura da UPA em Concórdia.
O vereador Fabiano Caetano, líder do governo, reiterou que foram realizadas várias tentativas para modificar o objeto da emenda, porém não foi possível. Ele disse que a exigência do Ministério da Saúde é mesmo para compra de equipamentos. Caetano lembrou também que a Prefeitura terá de devolver R$ 782 mil e não R$ 2 milhões como se falava. Ainda sobre a UPA, o vereador do PSDB revelou que o Governo Federal tem pelo menos 400 pedidos de devolução de UPAs, prontas a mais de um ano e que financeiramente são inviáveis.
O vereador Anderson Guzatto, do PL, disse que a antiga administração chegou a nomear um diretor administrativo da UPA com salário de R$ 5 mil. 
CONTRÁRIOS
Foram contrários à aprovação do projeto os seguintes vereadores: Edno Gonçalves (PDT), Closmar Zagonel (MDB), Margarete Poletto Dalla Costa (PT), Evandro Pegoraro (PT) e Valdir Azeredo e Silva (PT). Vale ressaltar que o presidente do Legislativo, Mauro Fretta (PSB), vota apenas em caso de empate.