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Aurora confirma férias coletivas em Guatambu em julho após embargos da carne pelo mercado internacional

Guatambu – O Frigorífico Aurora Guatambu é uma das oito indústrias avícolas operadas pela empresa. Emprega 1.283 trabalhadores e abate 29,5 milhões de frango por ano, o que representa 11,8% do abate total da Aurora. Essa é a segunda planta programada a entrar em regime de férias coletivas.
A primeira é a de Abelardo Luz, que suspenderá provisoriamente as atividades industriais no dia 4 de junho. Ali, são empregados 1.391 trabalhadores para o abate de 33,5 milhões de frangos por ano, contribuindo com 13,4% do abate total da Aurora.
aurorafrigorifico_55fffb5290264A empresa informa que não está prevista a demissão de trabalhadores e que a interrupção não atingirá, simultaneamente, mais de uma planta. Em face da complexidade da cadeia produtiva, torna-se inevitável adotar de forma antecipada e planejada os procedimentos para efetiva-se a paralisação temporária.
São necessários 63 dias para diminuir a geração de ovos férteis, a produção de pintainhos, o alojamento e o abate, harmonizando essas fases com a suspensão das atividades da unidade que entrará em férias coletivas. Isso evita o descarte de ativos biológicos. A medida tornou-se inadiável em razão dos percalços que afetam o mercado internacional e impactam todas as companhias avícolas brasileiras desde agosto do ano passado.
O quadro agravou-se no último bimestre de 2017, quando várias empresas foram desabilitadas a exportar para a Europa. No mesmo período, a Rússia, que representava um grande comprador de produtos cárneos, suspendeu as importações.
A conjugação desses dois episódios produz o efeito de oferta excessiva e deterioração de preços. Por outro lado, o suprimento do milho, um dos principais insumos da avicultura industrial, passa por um período de retenção especulativa, cujo efeito é o inflacionamento artificial de seu preço. Essa situação agrava as dificuldades do setor e força as agroindústrias a obter no exterior o milho para a manutenção dos quase 520 milhões de aves alojadas em todo o País.
Em consequência desse cenário, grande parcela da produção nacional destinada à exportação acabou permanecendo no mercado doméstico. Nesse estágio, a capacidade de armazenagem à frio, própria e de terceiros, chega ao seu limite, tornando-se imperiosa a necessidade de reduzir temporariamente a produção.
A Aurora Alimentos avaliará e decidirá em julho se haverá necessidade de colocar uma terceira planta industrial em férias coletivas. Enquanto isso espera que o Governo Federal obtenha sucesso na defesa técnica e política do setor da proteína animal, buscando o restabelecimento dos fluxos comerciais internacionais tão duramente conquistados pela indústria brasileira da carne. (Informações Lê Notícias)

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