Os órfãos de Lula e o chororô na porta da cadeia. Que futuro queremos para o Brasil?

É fato que Lula deixou uma legião de órfãos. E esses vão espernear até esgotarem as forças ou obterem algum êxito no STF pela libertação do presidiário, o que não é lá uma possibilidade tão remota, tendo em vista o humor de nossa Corte.
Fariam melhor serviço, entretanto, se ao invés de fomentar o messianismo que ronda o ex-presidente, fizessem pressão pela prisão de todos os corruptos e pela moralidade da política brasileira e da gestão pública.
Enquanto em outros países, como é o caso da Coreia e do Peru, o povo, em sua totalidade, aplaude a investigação e o encarceramento dos corruptos, aqui insistimos em viver do passado e fomentar a impunidade.
Lula foi para a cadeia não só por causa de um apartamento que “não existe prova se realmente é dele”, como querem dar a entender seus apoiadores, mas por um crime muito mais sério, que é a lavagem de dinheiro oriundo de propina retirada do caixa de nossas estatais. Só isso. Por enquanto.
As gestões Lula e Dilma são eivadas de crimes que lesaram o patrimônio público e permitiram o estabelecimento de uma legião de quadrilheiros na mais alta esfera governamental e que usaram e abusaram das estatais, levando à quase falência da Petrobrás e inviabilizando o BNDES.
Alguns desses já estão presos. E não é só gente do PT. Ou Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima, só para ficar em dois nomes, pertencem aos quadros do partido?
Ora, os próprios braços-direitos de Lula em seus governos já admitiram como funcionava o esquema e hoje cumprem suas penas. É o caso de José Dirceu e Antonio Palocci, também para citar apenas dois nomes.
Não é só Lula, portanto, o retirante “pobre” e “nordestino”, que está sendo “injustiçado”. Também alguns dos nomes mais ricos deste país foram parar na cadeia. Ou Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro (OAS), também para citar apenas dois, são uns pobres-diabos?
A Lava-Jato está sim fazendo – e muito bem – a sua parte para moralizar o Brasil. Nunca, aliás, na história deste país, a Justiça fez algo tão relevante. Logo, deve ser apoiada por todos os brasileiros de bem e incentivada para que chegue o quanto antes ao calcanhar dos demais corruptos, mesmo os de foro privilegiado, cujos mandatos encerram-se neste ano.
Fomentar a investigação, o julgamento e a prisão de todos os criminosos, isso sim é prestar um serviço de relevância ao Brasil, e não ficar choramingando em porta de cadeia pela libertação de bandido ou pressionando o judiciário para criar mecanismos que adiem ad eternum a condenação merecida.
Ou amadurecemos como Nação realmente disposta a zelar pela moralidade e fazer justiça, ou nenhum futuro vislumbraremos neste país.