Xaxim – A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia Civil da Comarca de Xaxim, concluiu o Inquérito Policial instaurado para apurar o delito de homicídio consumado praticado em desfavor de um jovem de 15 anos. O cadáver foi localizado em janeiro enterrado em área de mata em Xaxim. Ele estava desaparecido desde dezembro. O crime foi praticado por dívidas de drogas.
Tratou-se de investigação extremamente complexa, envolvendo diversos indivíduos faccionados, aliado ao fato de o crime ter sido praticado e consumado durante a madrugada, em local ermo, com a ausência de testemunhas oculares e de quaisquer câmeras de vigilância que tivessem captado algum vestígio relacionado à ação delitiva.
Ainda assim, depois de todo o esforço despendido pelos policiais da Comarca de Xaxim, descobriu-se que o crime foi praticado por sete indivíduos, em represália a uma dívida de drogas contraída pela vítima, no montante de R$ 1,9 mil.
Na data do crime, mediante planejamento prévio, os suspeitos aguardavam, clandestinamente, a vítima no local do crime, a qual não tinha conhecimento de que, ao lá se fazer presente, a pedido de uma “amiga”, seria inicialmente torturada e, por fim, teria a sua ceifada.
No curso das investigações, durante a “Operação Calífora”, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão em desfavor dos suspeitos, contando-se com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), do Serviço Aeropolicial de Fronteira (SAER), da Divisão de Investigação Criminal de Fronteira de Xanxerê (DIC) e de policiais civis das Comarcas de Abelardo Luz, Ponte Serrada e Xanxerê.
Ao final do Inquérito Policial, foram indiciados seis ndivíduos pelos crimes de homicídio consumado (qualificado pelo motivo torpe, pela emboscada e pelo recurso que certamente tornou impossível a defesa da vítima), ocultação de cadáver, corrupção de menores e porte ilegal de arma de fogo.
Dos indiciados, 05 (cinco) deles foram devidamente capturados e presos ao longo dos últimos meses; o sexto indiciado continua foragido.
Em desfavor da “amiga” que teria induzido a vítima em erro, ao clandestinamente levá-la ao local do crime, por ser adolescente, em seu desfavor foi instaurado o competente Auto de Apuração de Ato Infracional, ao passo que responde os fatos em liberdade.
Os procedimentos policiais, que documentam todas as diligências realizadas pela Polícia Civil, foram devidamente concluídos e encaminhados ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para as demais providências cabíveis no âmbito da persecução penal.
