O local foi interditado pela Defesa Civil e, desde então, os moradores estão aguardando as indenizações por parte da família responsável pelo aterro e proprietária da área e da Prefeitura de Concórdia. Os atingidos participam de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público que, por sua vez, discute a reparação de danos ambientais, urbanístico, entre outros. Porém, para discutirem seus interesses particulares, e, na esperança de acelerar a reparação das suas perdas, ajuizaram as ações individuais na Justiça da Comarca. O valor total das indenizações chega a R$ 7,7 milhões.
A maioria das famílias atingidas está recebendo um valor mensal para o custeio do aluguel, porém o montante já não cobre todo o custo de algumas famílias que estão precisando desembolsar mais dinheiro, até porque, desde a época em que fixado, o valor não sofreu qualquer reajuste. Norah Pezzin afirma que as ações pedem danos morais e materiais para as famílias atingidas.
“O problema já se arrasta por três anos e essas famílias precisam de uma solução o mais rápido possível. Ninguém quer ficar em uma condição dessa. Todos tinham imóveis e estavam morando em suas casas. As famílias só querem o que lhe é de direito. Uma casa para morar nas mesmas condições que tinham antes da tragédia”, revela.
A advogada explica ainda que os moradores tem urgência em resolver a situação, buscar um acordo financeiro ou dar um encaminhamento justo para todos. Muitas pessoas que moravam no local eram idosas, investiram as economias da vida toda e atualmente estão morando de aluguel, muitos sofrendo de depressão, ansiedade e outras doenças emocionais em razão da tragédia que sofreram e da incerteza do futuro.