Ao vivo Rádio Atual FM
17.9 C
Concórdia

A petulância do bandido da Friboi. E o pior é que ele “está se achando”

joesleyBandidagem é o que tem de mais comum no Brasil. E a pior espécie está metida na política. Não necessariamente são candidatos ou ocupam cargos eletivos, mas nela se agarram como carrapatos com o fim de obter vantagens para seus interesses e negócios ilícitos.
Um dos personagens mais nojentos desse meio e que já causa repulsa no telespectador, não só pela forma como monopoliza os noticiários da manhã à noite, mas principalmente pela arrogância com que vomita suas bravatas, é o executivo Joesley Batista, um dos proprietários da JBS (leia-se Friboi).
Nunca se viu neste país um criminoso tão à vontade, feliz e sorridente, ao relatar como corrompeu uma legião inteira da politicalha nacional, como se isso o isentasse dos crimes praticados. Aliás, se assim age, é porque, de fato, está sendo acobertado e mesmo inocentado por um acordo no mínimo espúrio da Procuradoria Geral da República, que, até então, esperava-se, estivesse aí para inibir e condenar a ação de corruptos e corruptores da coisa pública.
Por mais relevantes que sejam as denúncias apresentadas, o que não se admite é como o promotor maior do crime (cuja principal habilidade parece ser o corrompimento de agentes públicos) fique solto, com liberdade para ir e vir, viajar ao exterior, sem controle sobre seus passos, e com enormes facilidades para reaver aos cofres públicos só uma pequena parcela do que desviou do tesouro da nação, sem falar na forma como manipulou o mercado financeiro para obter o dinheiro da multa agora a ser paga ao Ministério Público.
A maior das petulâncias, entretanto, é quando reclama, por exemplo, da ganância dos “passarinhos” sedentos por “alpiste”, dizendo ter ficado refém da voracidade como se alimentavam espécimes como Mantega, Aécio, Cunha, Temer. Ora, se o empresário não devesse, não teria o que temer. Não teria ficado refém de ninguém. Muito pelo contrário. Reféns deveriam ser unicamente os corruptos que se desviaram de suas funções e responsabilidades públicas e não o inverso.
Mas o fato é que a JBS, que agora tenta passar a imagem de paladina da justiça e boazinha da nação, não alcançou o gigantismo que ostenta por acaso ou principalmente pelo trabalho. Cresceu, sim, ancorada na corrupção, agindo nas sombras, na obscuridade e na calada da noite. Do crime fez sua mola propulsora e se tornou o maior grupo de processamento de carnes do planeta. Agigantou-se pelo desvio, pela maracutaia, pela deterioração das instituições nacionais.
E daí vêm Procuradoria e Ministério Público e fazem um acordo de tal natureza, livrando a cara do que há de mais nefasto em termos de bandidagem a corroer um país.
Que acordo porco é esse, afinal, meus amigos? Aonde tudo isso vai dar? A coisa é muito mais podre do que se podia imaginar. Não… não podemos estar falando de um país de verdade.

Participe da comunidade no Whatsapp da Atual FM e receba as principais notícias do Oeste Catarinense na palma da sua mão.

*Ao entrar você está ciente e de acordo com todos os termos de uso e privacidade do WhatsApp

Notícias Relacionadas

Em Alta