Concórdia – A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, está realizando um trabalho preventivo, alertando sobre a ameaça da infecção da gripe aviária, doença ainda não registrada no Brasil, mas com casos na Argentina e Uruguai.
Em Concórdia, a entidade convocou uma reunião nesta terça-feira, 21, e convidou o Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário – Comdeagro, para discutir sobre os cuidados e manter o status sanitário do Estado.
Durante a conversa foram mostrados os dados gerais da doença, como os principais sinais clínicos de animais infectados, transmissão, notificação de casos suspeitos e plano de contingência. A preocupação é com o impacto econômico e social que pode acontecer com a confirmação da doença no país.
Santa Catarina é o segundo maior produtor de aves do Brasil e Concórdia é o segundo maior produtor do Estado. Por conta disso, o prejuízo seria incalculável se ocorresse a suspensão das exportações ou, no surgimento da doença em plantas próximas, o alto índice de mortalidade e as medidas de saneamento da propriedade, que envolvem o abate dos animais e bloqueio de trânsito nas proximidades.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário atua, em parceria com a Cidasc, para disseminar informações aos produtores, alertando sobre a doença e tomando medidas de controle, como a suspensão da exposição de aves na Expo Concórdia. Outras secretarias também participaram da reunião, como Saúde e Infraestrutura Rural, que têm relação com o tema e podem auxiliar na divulgação das informações.
Saiba mais sobre a Gripe Aviária
Sinais clínicos: Dificuldade respiratória; Crista e barbela inchadas e roxas; Corrimento no nariz e olhos; Diarreia; Torcicolo; dificuldade de locomoção; Depressão; Falta de apetite; Queda na produção de ovos; Diminuição do consumo de água e ração; Mortalidade repentina e elevada, tanto em aves domésticas quanto em aves silvestres.
Como prevenir:
Adquira somente aves acompanhadas da GTA (Guia de Trânsito Animal) e com comprovações sanitárias; Crie as aves separadas por espécie, em local cercado, com área coberta e telada com tela de 1 polegada, mantendo os alimentos e água protegidos do acesso de aves silvestres; Utilize água tratada para consumo e para nebulização; Separe as aves recém chegadas das já existentes por pelo menos 15 dias, observando o aparecimento de sinais clínicos ou de mortalidade;
Evite a entrada de pessoas estranhas na unidade produtora e não visite outras granjas; Lave e desinfete veículos e equipamentos antes de entrar na propriedade. Não compartilhe ferramentas e implementos usados nos aviários com vizinhos e outros aviários; Aplique práticas de higiene, como usar roupas e calçados limpos e específicos para a atividade avícola e lavar as mãos antes de acessar a granja e ao finalizar os trabalhos;
Em caso de qualquer suspeita, comunique a CIDASC imediatamente: 0800 643 9300.
Não mexa nos animais suspeitos, pois a doença pode passar para o homem pelo contato com aves doentes. Porém, não é transmitida pelo consumo de carne de frango e de ovos. (Ascom Prefeitura)