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Autismo! Vamos falar sobre? Ouça o depoimento da mãe de um autista

Neste dia 02 de abril, é comemorado o ‘Dia Mundial de Conscientização do Autismo’. Separamos uma matéria bem interessante sobre o assunto e o relato da Romy Santos, mãe do Heitor, diagnosticado com autismo há 5 anos.
O que é autismo?
O autismo – nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) – é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito e movimentos repetitivos). Não há só um, mas muitos subtipos do transtorno. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de comprometimento — há desde pessoas com outras doenças e condições associadas (comorbidades), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.

As causas do autismo cada vez mais apontam para a genética. Confirmando estudos recentes anteriores, um trabalho científico de 2019 demonstrou que fatores genéticos são os mais importantes na determinação das causas (estimados entre 97% e 99%, sendo 81% hereditário — e ligados a mais de 900 genes), além de fatores ambientais (de 1% a 3%) ainda controversos, também possam estar associados, como, por exemplo, a idade paterna avançada ou o uso de ácido valproico na gravidez (o valproato sódico ou ácido valproico é um anticonvulsivantes e estabilizador de humor muito usado no tratamento de epilepsia, convulsões, transtorno bipolar e enxaqueca). 
Tratamento e sinais
Alguns sinais de autismo já podem aparecer a partir de um ano e meio de idade, até mesmo antes em casos mais graves. Há uma grande importância de se iniciar o tratamento o quanto antes — mesmo que ainda seja apenas uma suspeita clínica, ainda sem diagnóstico fechado —, pois quanto antes comecem as intervenções, maiores são as possibilidade de melhorar a qualidade de vida da pessoa. O tratamento psicológico com mais evidência de eficácia, segundo a Associação Americana de Psiquiatria, é a terapia de intervenção comportamental — aplicada por psicólogos. A mais usada delas é o ABA (sigla em inglês para Applied Behavior Analysis — em português, análise aplicada do comportamento). O tratamento para autismo é personalizado e interdisciplinar, ou seja, além da psicologia, pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros profissionais, conforme a necessidade de cada autista. Na escola, um mediador pode trazer grandes benefícios, no aprendizado e na socialização.
Alguns sintomas como irritabilidade, agitação, autoagressividade, hiperatividade, impulsividade, desatenção, insônia e outros podem ser tratados com medicamentos, que devem ser prescritos por um médico. 
O símbolo do autismo é o quebra-cabeça, que denota sua diversidade e complexidade.

A seguir, relacionamos alguns sinais de autismo. Apenas três deles presentes numa criança de um ano e meio já justificam uma suspeita para se consultar um médico neuropediatra ou um psiquiatra da infância e da juventude. Testes como o M-CHAT (inclusive a versão em português) estão disponíveis na internet para serem aplicados por profissionais.
• Não manter contato visual por mais de 2 segundos;
• Não atender quando chamado pelo nome;
• Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;
• Alinhar objetos;
• Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;
• Não brincar com brinquedos de forma convencional;
• Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;
• Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;
• Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia);
• Não compartilhar seus interesses e atenção, apontando para algo ou não olhar quando apontamos algo;
• Girar objetos sem uma função aparente;
• Interesse restrito ou hiperfoco;
• Não imitar;
• Não brincar de faz-de-conta.
FONTE: REVISTA AUTISMO
Abaixo temos o depoimento da mamãe Romy Santos, ela que é de Concórdia mas atualmente mora em São João do Sul. A família se mudou para lá, para oferecer uma melhor qualidade de vida para o Heitor, já que a cidade possuiu muito mais recursos para pessoas com autismo. 

Após o diagnóstico de autismo, o papai Alexandre resolveu se especializar no assunto. Concluiu duas pós graduações na área e atualmente, em São João do Sul, ele da aula de judô para crianças autistas num projeto social do município. 

 
 

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