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Morte de advogado concordiense completa um ano e suspeitos seguem soltos

Palhoça – Na sexta-feira (27) completou um ano da morte do advogado Roberto Caldart durante uma tentativa de reintegração de posse sem mandado judicial em Palhoça, na Grande Florianópolis. Cinco policiais militares suspeitos de participar da ação que resultou na morte seguem soltos.
Enquanto defendia um cliente, ele foi atingido por um soco no pescoço por um policial militar de folga. Outros cinco policiais militares de folga, dois seguranças privados e um empresário participaram da ação. Eles foram denunciados à Justiça por lesão corporal seguida de morte.
“Devido a esse soco, de acordo com o laudo pericial, a vítima entrou em colapso e veio a óbito”, disse o advogado de defesa Moacir Correia de Andrade.
Até agora, os policiais militares envolvidos não foram julgados, a maioria continua na corporação e as ações anunciadas na época, para evitar que os militares façam trabalhos extras em períodos de folga, acabaram não evoluindo.
O julgamento está na fase final e, se condenados, os envolvidos podem pegar de 4 a 12 anos de prisão. A acusação tenta convencer o juiz a mudar o crime para homicídio.
“Enviaram prova para o processo de que houve não só a omissão de socorro por parte de alguns acusados como também eles não permitiram que outras pessoas fizessem os primeiro socorros no momento correto que poderiam ter salvado a vida da pessoa”, disse Andrade.
Suspeitos
Quase todos os acusados, aguardam o julgamento em liberdade. Cinco policiais militares continuam trabalhando. O sexto policial envolvido está preso e foi expulso da corporação, mas por cometer crimes de tortura e agressão em ocorrências anteriores.
Nesta sexta-feira (26), a corregedoria informou que três policiais cumpriram pena administrativa e ficaram presos por 13 dias.
Após o crime, o comando da Polícia Militar anunciou a criação de um grupo de trabalho pra coibir os chamados bicos. Na prática, nos últimos doze meses, o anúncio não resultou em nenhuma ação efetiva pra fazer cumprir a lei que proíbe os serviços em horário de folga.
Categoria critica ‘bicos’
O presidente nacional da OAB Cláudio Lamachia esteve no funeral do advogado e fez um apelo ao Secretário de Segurança Pública, que continua sendo o pedido da categoria.
“O policial militar, se valendo da condição de policial, estava ali prestando um trabalho para uma iniciativa privada, fazendo um trabalho que é ilegal pela própria corporação, que não permite, e no momento em que ele identificou que estava ali o advogado, leia-se aí a OAB presente, tinha que ter recuado, era o mínimo que teria que ter sido feito”, disse. A família de Roberto Caldart decidiu ir embora de Santa Catarina. (G1/SC)

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